ok alopecia

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

MINHA A.A - 
Qualidade de vida e bem estar

      Convivo com a alopécia areata desde a minha infância. Eram círculos e círculos de falhas na cabeça que iam e vinham. Aos nove anos meus cabelos caíram com uma intensidade muito maior, não chegando a perda total, acredito que 85%. Minha família buscou ajuda onde podia, em alguns lugares chegaram a aconselhar minha mãe a comprar uma peruca, ela ficou inconformada.

     Felizmente descobrimos um médico que nos passou muita confiança, acho que esse foi o milagre dele, e que receitou meu antigo conhecido minoxidil associado aos corticóides injetáveis e comprimidos. O tempo que fiquei sem cabelos durante a minha infância foi muito traumático, as crianças nem sempre são adoráveis.

     Após meses de tratamento os cabelos voltaram a "normalidade", eram tempos de repilação 100% e tempos com algumas falhas. Até que aos 25 anos, tive a perda total dos meus cabelos (alopecia universal). Acredito que desta vez o fator emocional tenha sido o gatilho, passei por um período de muito estresse. Bom, de lá para cá tenho procurado ajuda de diversos profissionais e buscado a repilação de várias maneiras: corticóides orais e injetáveis, minoxidil, difenciprona, metotrexate, vitaminas, nenhum eficaz. Passo tempos sem procurar tratamento quando me canso. Quando acho que devo tentar novamente, tento! E assim tem sido. 

     Logo que perdi todo o meu cabelo, e ainda não aceitava a minha situação, ouvia histórias de pessoas felizes que mesmo com AA. universal levavam uma vida normal, conheceram outras pessoas e se casaram. Como elas conseguiram?- eu pensava e julgava. Mas eu descobri com o tempo e depois de muitos questionamentos que a minha vida não poderia ser condicionada a esta doença.

     Sou casada com um homem maravilhoso que me ama como eu sou, com todo carinho do mundo ele me diz que para ele é como se meu problema não existisse. Eu procuro viver sem fazer da A.A o ponto principal. Foco nas coisas simples: amigos de verdade, família, freqüentar lugares que me fazem bem, praticar atividades físicas, trabalhar no eu gosto e claro, uma prótese bem bonita, um make básico diário e outras coisinhas que ajudam bastante. Faço quase tudo o que uma pessoa com cabelos naturais faz. O que eu não faço mais?...surfar!

     Então a idéia deste blog é descrever o que tenho feito, e o que tenho visto pessoas com o mesmo problema fazendo para serem mais felizes. São as minhas dicas de como se sentir bem, pode ser bom para você, eu espero.   

                                     Thaize Vanessa Costa Bortoluzzi










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