Na confusão de sentimentos que a gente vive quando se depara com a doença, sente pena de si mesmo, medo de que o cabelo não cresça novamente, ou que caia de novo, revolta da vida, e quase sempre, sente muita vergonha.
Aos 25 anos, quando a alopécia voltou com tudo na minha vida, eu tinha pavor que alguém descobrisse meu problema. Escondi a falta de cabelos usando próteses por muito tempo. Ficava imaginando a reação das pessoas sabendo que eu não tinha cabelos. Acho que esse sentimento de pânico se deve ao fato de a minha infância ter sido bem traumática. Algumas crianças criavam apelidos e histórias mirabolantes sobre a doença, os mais audaciosos (ou melhor, diabólicos) arrancavam a boina que eu usava para disfarçar a cabeça sem cabelos, pensa que eu chorava? Eu corria atrás deles furiosa até que soltassem a minha Boina! Demorou um certo tempo para eu perceber que a Alopécia na minha fase adulta poderia ser bem menos dolorosa.
Procurei uma psicóloga que me deu um suporte maravilhoso e me abriu os olhos para realidade, de que meus cabelos, ou a falta deles, não representavam a Thaize, e que havia muito mais além disso. Hoje não escondo mais de ninguém, também não saio divulgando por ai. Tenho uma postura bem distanciada da alopécia no meu dia a dia, foco no meu trabalho, nos meus estudos e toco no assunto só se alguém perguntar, o que é bem raro de acontecer.
Escrever este blog tem sido um tanto solitário, apesar de ter uma visualização considerável, consegui interagir com apenas um visitante.
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As princesas que me procuram no facebook |
Mas a minha experiência me ensinou que tudo tem seu tempo. Tempo de ter raiva, de ter vergonha, de se adaptar e de se aceitar.
Eu espero que você que esteja lendo este post possa se sentir mais encorajado em aceitar a doença. Aceitar não quer dizer desistir, apenas buscar a reversão do quadro de alopécia de uma forma mais leve.
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